domingo, 23 de maio de 2010

Receita caseira de Biodiesel

Segurança

O metanol é tóxico, provoca cegueira e queimaduras profundas. Em contacto com a pele lavar de imediato, em contacto com os olhos lavar pelo menos 15 minutos e contactar de imediato o hospital. O metanol ferve a 65 graus, nunca aquecer o óleo a mais de 55 graus. É também altamente inflamável sendo usado normalmente em motores de corrida.

O hidróxido de sódio (soda caustica) também é tóxico e provoca queimaduras na pele. Em contacto com a pele neutralizar primeiro com vinagre e só depois lavar com água (nunca colocar água directamente na soda)

Usar sempre equipamento de protecção! Óculos, luvas e vestuário comprido é o mínimo exigido. Nunca respirar os vapores do metanol.


Mistura

1000 ml de óleo.
220 ml de metanol.
5gr de soda caustica (NaOH) Hidróxido de sódio.
Aquecer o óleo a 55 graus.
Misturar a soda com o metanol e obter um metoxido.
Misturar o metoxido com o óleo quente durante e agitar 20 minutos.
Adicionar 50ml de água e agitar mais 2 minutos.
Deixar descansar.

Lavagem

Ao fim de 30 minutos retirar a glicerina do fundo.
Adicionar 220 ml de água tépida e agitar com muito cuidado.
Remover a água que deve estar turva.
Repetir várias vezes aumentando a intensidade do agitar até que a água esteja transparente.

Lavagem a SECO

Ao fim de 30 minutos retirar a glicerina do fundo.
Adicionar 20 gramas de pó de talco (silicato de magnésio).
Agitar violentamente por 2 minutos.
Filtrar a 1 mícron ou com um guardanapo de papel até ficar perfeitamente translúcido.

Esta receita explica como converter a matéria em biodiesel ou melhor o b100%. Deve-se levar em conta que em tal processo de obtenção (por transesterificação) devem ser feitos testes físico-químicos e caracterizações:

físico-químicas, estudo calorimétrico, estudo termogavimétrico, estudo reológico, pois a partir destes podemos comprovar se o biodiesel (óleo + diesel mineral) atende às normas da ANP, ou seja, se está de acordo com as propriedades do diesel, pois o uso de óleo impróprio sem a certificação da qualidade através das análises necessárias pode causar danos ao motor que utilizará o biodiesel.

sábado, 15 de maio de 2010

Inquérito aos Restaurantes

Realizámos um Inquérito a onze Restaurantes da zona de Setúbal, com o objectivo de saber se estes reciclam os seus óleos alimentares usados.

Dos 11 estabelecimentos inquiridos, 10 fazem reciclagem dos óleos alimentares usados, que corresponde a 91% e apenas 1 estabelecimento não faz reciclagem dos óleos, afirmando no entanto que procuram empresa para tal, correspondendo a 9%.



Curiosamente dos 9 estabelecimentos que fazem reciclagem de óleos usados através de empresas, apenas 4 (44%) souberam dizer o nome das respectivas empresas.

Deste Inquérito tiramos uma conclusão positiva, uma vez que apenas um dos Restaurantes inquiridos não recicla os óleos alimentares usados.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Noite Científica na Escola!

Realizou-se hoje na nossa escola (Escola Secundária de Bocage) a Noite Científica, que contou com várias experiências levadas a cabo por colegas nossos que estão a desenvolver projectos no âmbito da Ciência.

Nós também participámos, instalando uma bancada sobre Biodiesel onde dispunhamos de vídeos, informação e panfletos de sensibilização à recolha dos óleos alimentares usados na escola.

Esta actividade foi um sucesso, uma vez que contou com a participação de muitos alunos e professores da nossa escola, que ficaram mais esclarecidos e muitos deles se comprometeram a reciclar os óleos alimentares usados.



domingo, 18 de abril de 2010

Óleos usados para produção de biodiesel

Daniel Melo, residente em S. Miguel encontra-se a fazer uma recolha de óleos alimentares usados para produzir biodiesel. Até ao momento, o balanço é positivo.



A ideia de recolha de óleos alimentares usados para a transformação em biodiesel é fruto das preocupações de ambientais de Daniel Melo, que decidiu assim levar a cabo esta experiência piloto. "Os óleos usados são uma das matérias-primas para concretizar o biodiesel, talvez o meio mais fácil e menos dispendioso de obter. Esta escolha surgiu pelo facto de estar a usar algo que não tinha outra alternativa e que muita gente estava a poluir o ambiente, ou simplesmente a contaminar os solos ao enterrarem estes óleos no seu próprio quintal, cometendo assim um crime ambiental"explica.
No mês de Fevereiro, já foi efectuada uma primeira recolha que segundo este interlocutor teve um balanço positivo, tanto na qualidade de biodiesel conseguido, como nos seus derivados que servirão para serem transformados em detergentes ou desengordurantes.
Os participantes na iniciativa, que forneceram a matéria-prima, pertencem a uma faixa etária alargada com idades compreendidas entre os 20 e os 80 anos. Todos eles tinham em comum a sensibilidade pela protecção do ambiente. Quanto à recolha de Março, Daniel Melo adianta que "a adesão tem sido boa. Inclusive a junta de freguesia da minha área, Fajã de Cima, está interessada em desenvolver este projecto em prol de um ambiente mais saudável para todos." Saliente-se que o resultado desta reciclagem não se destina a qualquer fim lucrativo, nem à colocação de produtos à venda no mercado.
Actualmente existem diversos processos para obtenção de biodiesel. "O que estou a utilizar é através de um processo químico que consegue a separação de diversos elementos. Isto requer conhecimentos de química e aplicação de normas de segurança por se lidar com substâncias tóxicas e corrosivas e, sobretudo protecção pessoal adequada", diz Daniel Melo. A grande vantagem deste combustível é ser uma energia renovável que não emite CO2. No que se refere à consciencialização da população em geral para a necessidade da reciclagem, Daniel Melo aponta que "existem algumas pessoas que tem consciência de que os óleos usados, se não forem devidamente recolhidos, são perigosos para o ambiente. Dou como exemplo a freguesia de S. Roque, onde pessoas iam entregar óleo de fritura usado a uma oficina de automóveis, em que habitualmente são feitas recolhas de óleos queimados de viaturas, uma vez que não existem oficialmente oleões próprios para os da fritura a nível doméstico. No entanto, na maioria dos casos não existe consciência por parte da população em geral para este problema específico".
Na opinião de Daniel Melo, apesar de em Portugal já existir legislação em vigor sobre esta matéria, tal como em toda a Europa Comunitária, na prática ainda há muito a concretizar. "Nos Açores já existem algumas empresas a recolher óleos de restauração, que é o que lhes interessa. Mas a nível residencial ou doméstico, não interessa a estas companhias recolher um litro de óleo usado por cada casinha. As autarquias ainda não implementaram os pontos de recolha com oleoões, conforme manda a lei em vigor."
O desperdício que a população em geral faz dos bens que consome é, segundo Daniel Melo, preocupante. "Para evitar os desperdícios é necessário primeiro haver campanhas de sensibilização que ainda não existem, políticas de recolha de lixos tóxicos que ainda não existem na área doméstica. Ainda há pouco tempo estive numa freguesia desta ilha, onde os óleos queimados de viaturas, restos de tintas de pintura automóveis, entre outros agentes bastante poluentes, são lançados na ribeira, ali mesmo ao lado. "Este projecto não conta com ajudas financeiras ou oficiosas, daí considerar que está a dar um bom exemplo à sociedade, pela não dependência de subsídios governamentais nacionais ou europeus. "Estas são por norma demasiado burocráticas. Toda a tecnologia que envolve esta reciclagem que tenho andado a fazer foi conseguida depois de muita dedicação e investigação pessoal, tendo, na sua maioria, sido importada de outros países europeus", refere Daniel Melo.
"No nosso país há uma política de aberração em relação ao biodiesel"

Daniel Melo considera incompreensíveis as restrições e impostos que caem sobre o uso de biodiesel em Portugal, que a seu ver contrastam visivelmente com as medidas adoptadas em outros países da Europa. "Para uma coisa somos europeus, mas para outras somos do terceiro mundo. Na Espanha, o biodiesel é vendido nas bombas de gasolina e a um preço mais módico que o gasóleo fóssil. Na Inglaterra qualquer cidadão pode produzir 25.000 litros de biodiesel por ano e usar no seu carro sem pagar impostos. Em Portugal, se um automobilista encher o depósito com biodiesel, o carro é apreendido e o proprietário será alvo de uma contravenção grave", acusa.


PAULA CRISTINA GOUVEIA
16 de Abril de 2010

Fonte:http://www.expressodasnove.pt/interiores.php?id=5229

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Palestra na escola

Realizou-se hoje na Escola Secundária de Bocage uma palestra organizada por nós, na qual convidámos a Dra. Ana Marques, do Departamento de Ambiente da ENA, para falar sobre Biodiesel e a Rota dos Óleos Alimentares Usados com o objectivo de sensibilizar os presentes a reciclarem os mesmos (OAU's).

A palestra acabou por correr muito bem, sendo que alguns alunos presentes no público se comprometeram a reciclar os seus óleos usados, havendo grande interacção entre os presentes e a Dra. Ana que nos esclareceu as dúvidas existentes acerca do assunto.

Agradecemos à Dra. Ana Marques a sua colaboração, que foi fundamental na realização desta actividade.

terça-feira, 9 de março de 2010

Galp constrói fábrica de biodiesel

Sócrates anuncia venda de 15% do capital de Cahora Bassa

2010-03-04
JOANA AMORIM


Palavra de ordem: energias renováveis. Sócrates assina hoje, quinta-feira, diversos acordos com Moçambique para as áreas eólica, solar e mini-hídrica. Isto no dia em que anuncia ao Governo de Maputo que Portugal vai vender os 15% que ainda detém na barragem de Cahora Bassa.

A Galp Energia assina hoje um acordo com a Petromac (firma estatal de Moçambique para a área dos combustíveis) com vista à constituição de uma empresa para a área dos biocombustíveis. Ao JN, Fernando Gomes, administrador da petrolífera, explicou que a "Galp, através da Mozamgalp, vai ceder uma participação à Petromac" - a nova empresa será detida em partes iguais - e revelou ser objectivo da nova entidade construir uma fábrica de raiz para os biocombustíveis em Moçambique. Para já, a área de produção de Jatropha será de dez mil hectares, eleváveis para os 50 mil. Quanto a valores, o administrador disse que o acordo ainda estava a ser ultimado.

O anúncio será feito durante a tarde de hoje depois de, logo de manhã cedo, em Tete, José Sócrates anunciar que o Estado português vai vender os 15% que detém em Cahora Bassa a um consórcio de empresas portuguesas, ao que tudo indica lideradas pela EDP e/ou REN. Feitas as contas, e tendo por base o valor pago aquando da transferência dos 82% do capital português para o Estado moçambicano em Outubro de 2006, o negócio deverá rondar os 150 milhões.

Relativamente às renováveis, será assinado um acordo entre a FUNAE - Fundo Nacional de Energia e a Self Energy Moçambique (participada pela Visabeira) para a instalação de sistemas térmicos em hospitais rurais, escolas e centros de saúde e bombeamento de águas para centros de saúde. Está ainda prevista a instalação de mini-hídricas e eólicas em aldeias moçambicanas, num investimento da ordem dos 30 milhões, a três anos. Por último, vão ser investidos cerca de 4,5 milhões de euros num "atlas de energias renováveis" com vista ao mapeamento do país.

Durante o dia de ontem, destaque para o anúncio de que Portugal vai construir pequenas centrais fotovoltaicas para abastecer hospitais e escolas e para a duplicação da linha de crédito para 400 milhões, apoiada pela Caixa Geral de Depósitos e que visa financiar investimentos em infraestruturas em Moçambique, com a participação de empresas portuguesas.

Foram ainda assinados acordos com vista à cooperação técnico-militar e ao combate às alterações climáticas. E memorandos de entendimento para as áreas da cultura, educação e transportes e comunicações.

Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1510062

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Porquê investir no Biodiesel?

Como já deve ser do seu conhecimento, o Biodiesel é um combustível renovável, menos poluente em relação aos outros combustíveis provenientes do petróleo.
Mas as vantagens da sua utilização não se ficam por aqui, o Biodiesel pode muito bem ser visto como um investimento económico futuro do país que nele investir.
As opiniões são muito dispersas neste aspecto, uma vez que algumas pessoas acham que o investimento neste combustível possam ter consequências negativas no mercado alimentar devido à extracção dos óleos vegetais.
Isso até pode ser verdade, mas se a produção do Biodiesel em causa ou percentagem dela for feita através de óleos alimentares usados recolhidos pelos cidadãos, esse problema não se colocaria.
Vale a pena lembrar que a aposta no Biodiesel iria gerar muitos postos de trabalho e benefícios económicos para o país, podendo também ser utilizado para mover meios de transporte referentes às indústrias e serviços públicos (ambulâncias, autocarros etc) de forma mais económica(uma vez que os custos de Biodiesel são mais baixos do que os descendentes do petróleo).
Apostem no Biodiesel que o Governo e o Ambiente agradecem!